PM de folga que matou jovem negro por achar que ele furtou seu celular, mas tinha deixado no carro, é expulso da corporação.

Na ordem mencionada: cabo Silvio Pereira dos Santos Neto e Clayton Abel de Lima. Imagens: reprodução da Polícia Civil e redes sociais.

Um cabo da Polícia Militar de São Paulo, Silvio Pereira dos Santos Neto, foi expulso da corporação nesta quinta-feira (18/1). Ele foi condenado a 16 anos de prisão pela morte de Clayton Abel de Lima, 20, na zona norte de São Paulo. O crime ocorreu em agosto de 2021 em um bar na Vila Medeiros, na zona norte da capital paulista. Silvio alegou ter agido em legítima defesa, mas a versão foi contestada por uma testemunha que afirmou que Clayton foi alvo de tiro após ter sido acusado de furtar o celular do então cabo. O aparelho foi achado mais tarde dentro do carro do agora ex-PM.

A expulsão foi publicada no Diário Oficial do Estado de São Paulo desta quinta-feira (18) e justificada pelo compreensão de que Silvio praticou duas transgressões disciplinares: disparar arma por imprudência, negligência, imperícia, ou desnecessariamente e desrespeitar medidas gerais de ordem policial, judiciária ou administrativa, ou embaraçar sua execução (infrações 96 e 63 do artigo 12 do regulamento disciplinar da Polícia Militar estadual, respectivamente).

O cabo Silvio Pereira dos Santos Neto, de 31 anos, foi preso em flagrante no último sábado (7/8) depois de ter matado, com dois tiros, um jovem negro, de 20. Clayton Abel de Lima foi acusado pelo agente de ter roubado um celular. Durante perícia no carro, além do celular, a PM encontrou um cartão do Sistema Único de Saúde (SUS) e um boleto bancário no nome da vítima. O Ministério Público Estadual denunciou o policial por homicídio qualificado por motivo fútil. Ele deverá ser indiciado por homicídio doloso (quando há a intenção clara de matar).

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